
Esse último voo já deu um vislumbre do que seria essa parte da viagem, pois o avião (pouco mais que um teco-teco) nos brindou com a bela vista das ilhas Lofoten enquanto passava pelos fiordes, entre as montanhas.
Svolvær é o centro administrativo e uma das principais cidades de Lofoten. E Lofoten é daqueles lugares cênicos de encantar qualquer um. A maioria das cidades é, na verdade, pequenas vilas que vivem da pesca do bacalhau (boa parte do que se consome no Brasil vem daqui). O litoral é recortado e as ilhas são plenas de picos nevados. A paisagem é linda e, à primeira vista, pode até confundir o visitante. Nem tanto, talvez, mas preciso salientar isso para justificar que, quando chegamos, pegamos o carro e dirigimos uns 60 quilômetros... na direção errada. Eu bem que desconfiei que estávamos demorando demais a chegar, mas só descobrimos o erro quando a estrada acabou e o caminho a seguir seria por balsa! A verdade é que eu esquecera de conferir o endereço de destino no GPS e ele estava nos levando para outra ilha...

Choveu mais do que esperávamos e gostaríamos. Sempre de uma chuva esquisita, que vinha e voltava... Chovia, parava e voltava a chover algumas vezes por dia. Estando de carro, a impressão era a de nuvens compenetradas fazendo seu trabalho em pontos específicos das ilhas. Mas nada que nos atrapalhasse tanto. Não tanto quanto o vento que, quando vinha, fazia valer a imagem que temos do Ártico!
Fomos além. Na ponta da parte maior do arquipélago, está Å, que ganhou facilmente o título de lugar com o nome mais curioso que já visitamos. Ficamos hospedados no andar de cima de um prédio onde se limpava peixe e chegamos a temer que o quarto tivesse tanto cheiro de peixe quanto o que se sentia ali. Não tinha. Em compensação, as toalhas eram postas para secar praticamente junto com o bacalhau e tinham o cheiro típico de Lofoten.

