sábado, 28 de maio de 2016

Festa da Bergamota

Uma coisa que não falta no Rio Grande do Sul são festas dedicadas a alguma fruta ou produto típico. É uma tradição bastante antiga (e não exclusiva do estado) a de festas da colheita. Lá, onde que cada cidade é conhecida por um produto (há a cidade do basalto, da maçã, do vinho...), a mais famosa é a Festa da Uva, em Caxias do Sul, mas há também as festas da maçã (em Veranópolis), do morango (em Bom Princípio), dos doces (em Pelotas), do queijo (minha favorita, em Carlos Barbosa)... E, entre várias outras, a Festa da Bergamota, em São Sebastião do Caí, que visitamos nesta semana.
Bergamota é como chamamos a fruta que em outras partes é conhecida por tangerina, mexerica, mandarins, clementina, laranja-cravo, poncã... Essa prosaica fruta sendo, assim, uma das que têm mais nomes diferentes.
Sendo uma fruta de inverno, a bergamota é bem emblemática dos meses frios no Rio Grande do Sul: não há gaúcho que não tenha lagarteado comendo umas bergas no sol.
Quanto à Festa da Bergamota propriamente dita, ela acontece a cerca de uma hora de carro de Porto Alegre. Pode não ser o maior nem o mais badalado destes eventos, mas é bem agradável (até porque nada precisa ser grande ou badalado para valer a pena). Fomos com pouco tempo e o dia estava chuvoso, mas gostaríamos de ter ficado mais. Teríamos aproveitado com calma a bandinha alemã, os jardins floridos, a feira, a exposição de frutas, os doces e, é claro, as bergamotas. Suculentas, saborosas, convidativas e baratas. Resistir? Impossível. Vai uma bergamota aí?

terça-feira, 3 de maio de 2016

Rothenburg ob der Tauber

Foto: Eduardo TrindadeConfesso que a Alemanha nunca foi meu sonho de viagem. Nada contra o país ou seus habitantes, mas os livros e as histórias que cresci ouvindo acabavam sempre me levando a outros lugares. Assim, quando finalmente visitei a Alemanha, foi sem grande ansiedade. E, de certa forma, pude aproveitá-la com um olhar neutro, relativamente isento de preconceitos.
Descobri que por lá, ligadas pelas incríveis auto-estradas alemãs, há uma série de cidades pequenas e adoráveis. Rothenburg ob der Tauber é uma delas. Trata-se de um daqueles lugares que inspiraram todo um imaginário composto de ruas sinuosas e antigas, serpenteando entre casas com estrutura de madeira e cercadas por um muro medieval. A cara da Alemanha clássica. O mérito de Rothenburg é ter se mantido da mesma forma que era há uns mil anos, o que, convenhamos, não é pouca coisa.
Rothenburg tem o charme das melhores cidades históricas. Tivemos o privilégio de conhecê-la da melhor forma, ficando hospedados numa pousada bastante agradável, jantando num restaurante charmoso (e que funciona juntamente com uma interessante loja de vinhos de fabricação própria), e passeando por ela de dia e de noite. Provamos por lá a schneeball, doce típico da região que, para falar a verdade, decepcionou-nos um pouco por ser mais seco do que parecia à primeira vista; ainda assim, valeu pela experiência. Percorremos a muralha do alto e depois visitamos o impressionante (e macabro) Medieval Crime and Justice Museum da cidade, pleno de instrumentos de tortura.
Mas o que chamou mesmo a atenção foi a beleza de Rothenburg. Assim sendo, é natural que as melhores lembranças estejam nas imagens do lugar. Aqui têm, então, algumas das fotos de lá.

Foto: Eduardo Trindade

Foto: Eduardo TrindadeFoto: Eduardo Trindade