Já para uma série de outras coisas, quase não é preciso saber muito de italiano. Pizza, como se sabe, é pizza mesmo. Fui pedir uma pizza de cogumelos, não conseguia lembrar a palavra até que ela me veio, negritando de tão óbvia: "funghi".
Na cafeteria, a coisa é mais fácil ainda. Enquanto que, no Brasil, os esnobes bebem "caffe macchiato", "marocchino" e outras variantes (pobre bebe quase a mesma coisa, mas com o nome de pingado, cortado etc.), aqui se pode pedir o café de nome mais rebuscado possível e ele será servido com toda a naturalidade (e o grão será, bem possivelmente, brasileiro).
Outras palavras, mesmo que a gente não use no cotidiano, estão no nosso inconsciente: "pomodoro" (tomate), "gelato" (sorvete) e por aí vai. De resto, ao menos nos lugares turísticos (que são quase todos quando se trata de Itália), pode-se passar bem sem o italiano: todos parecem falar inglês e mais um pouco de alguma outra língua. O que é quase uma pena em se tratando de um idioma tão sonoro quanto o deles!
Outra crônica inspirada em Roma: Chapéus