Mas eu, como otimista que sou, gosto de pensar no outro lado de tudo. O final de uma viagem, por melhor que ela tenha sido, é sempre o início de uma próxima viagem. E partimos mais ricos de lembranças, de experiências, de aprendizados. Vários apendizados: da genealogia dos reis portugueses ao catálogo dos doces conventuais, da melhor forma de lavar e secar roupa num quarto de hotel à forma, sempre aperfeiçoada, de conviver dentro e fora deste mesmo quarto durante dias seguidos.
A viagem continua nos livros a serem lidos, nos discos a serem ouvidos, nas histórias a serem relembradas sempre com uma nova cor. Escrevo, já em casa, ouvindo um fado. Com o coração agradecido a este país que proporcionou tantas descobertas.
Fotografia: rosa-dos-ventos em Belém, Lisboa.