Fado.
De quem vem a Lisboa, a Portugal.
Ontem fomos assistir a uma apresentação de fado. Emocionante. Uma noite daquelas que vivemos já sabendo das saudades que teremos e já imaginando as recordações que guardaremos.
Era um restaurante instalado num antigo prédio da Alfama, um dos bairros mais tradicionais da cidade. A comida, portuguesa, muito boa. A música, como tinha de ser, com os ingredientes que se imagina de um bom fado: tocada e cantada entre as mesas, à meia-luz, com elegância na voz, no dedilhado, nas roupas, na postura. Um fado que, assim como o tango, nasceu marginal e hoje é estrela de uma noite que se faz cosmopolita em salas e ruas que abrigaram mouros e cristãos, lendas e histórias, artistas e... mais artistas. Porque, segundo dizem, ser fadista não é apenas cantar o fado, é também ouvi-lo. Ou senti-lo.