![Khachapuri](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwhPIIE_j-ZC4qzBiqShd5aFieHkKgeIXUANPqn59qdROj73SJJpyn7De7fdJ04H_1ElcenYuZ23_e9YmDIxuwnZWNZ3MMGNqM-kSWoPT0oj546_66TWbCpr6HDdIIuWbt3fhyLC_hGvBW/s320/IMG_0223.jpg)
A começar pelo khachapuri e suas variantes. Khachapuri é um pão assado com queijo, uma iguaria que lembra uma pizza ovalada. Eventualmente servem com um ovo por cima. Está por toda parte e vai muito bem como um lanche substancioso. É a típica comida fácil, boa e barata - perfeita para viajantes, portanto. Dependendo da fome, pode até substituir o almoço!
E então temos os khinkali. Estes são considerados o prato nacional da Geórgia, a ponto de fotos e desenhos dele estarem frequentemente presentes em lembranças para turistas: um ímã de geladeira em forma de khinkali, quem vai?
Estamos falando de uma massa recheada (recheios mais comuns: carne, queijo e cogumelos), de tamanho um tanto maior que cappelletti e, ao contrário destes, feita para ser comida com a mão. O khinkali não leva molho algum e é servido seco no prato. Como ele possui uma ponta saliente, feita da própria massa, a intenção é que seja segurado com os dedos por essa ponta (a qual, por ser uma massa mais grossa e mais seca, com "função estrutural", não costuma ser comida). Mais curioso ainda, as variedades de khinkali de carne possuem um caldo no interior da massa, junto com o recheio. É preciso então segurar o khinkali pela ponta, morder com cuidado e sorver o caldo, sem que este escorra.
Um prato muito comum entre os imigrantes italianos do Rio Grande do Sul (e, de resto, em qualquer lugar com influência italiana) é a sopa de capeléti, ou cappelletti in brodo: massa recheada servida num caldo de carne. Na Geórgia, o khinkali me lembrou uma sopa de capeléti reconstruída: com o caldo por dentro da massa, em vez de fora dela. Em outras palavras: não uma sopa de capeléti, e sim capeléti de sopa... Vira um outro prato, apesar de possuir basicamente com os mesmos elementos. Nos restaurantes, khinkali são vendidos por unidade, o que os torna muito convenientes para serem compartilhados por todos à mesa, mais ou menos como uma porção de pastéis ou de bolinhos no Brasil.
![Compota de figo](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB_-P73UKEwbfS5j_QqvjnbF9SSxinfLxFXLe0ur82uPVBGXGfldmKuNTd-kdbImiTpKSWiWOhmRjRZ8TXG2ApsZrVp_1rfyHXAeNHgFkQ5wOKeD-mVg5x4CQ6Ug9fdUVy-84Ar-K-hXSe/s320/IMG_0185.jpg)
![Compota industrializada](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNP2L5IlnyAaFAfUhyphenhypheniRXQqmZGWwv4QsSNkd_eUUWhs3YTPIwzmncrPGi_-l8ObGsLt8bRmDIdx68QnSo4ilsi2lC7sPYBpLqnSysBpMoNmjczFe2ExJ36vTqBO5s2soPC9odsfbPJU5Ea/s320/IMG_0233.jpg)
Finalmente, há as compotas. Enquanto que, no Brasil, é comum chamar de compotas a um doce de frutas em calda, na Geórgia e em outros países a compota é a bebida (extremamente doce) que consiste na calda das frutas. É bem simples: a fruta é deixada "de molho" em água com açúcar e então essa mistura, com a água ao final contendo o sabor da fruta, é servida para ser bebida como acompanhamento da refeição. Nos supermercados, refrigerantes de frutas são também chamados de compotas, mas não se comparam à bebida tradicional. "Modernismos" à parte, se às vezes fica difícil adivinhar onde surgiram as receitas e quem influenciou quem, fácil é se deixar levar pelos sabores oferecidos na Geórgia.