Parte 2/2 da crônica sobre os jogos de PyeongChang 2018. Primeira parte aqui.
Gangneung, cidade litorânea vizinha a PyeongChang, foi a sede das competições de gelo em estádio fechado - como hóquei, patinação e curling. Ao contrário de PyeongChang propriamente dita, onde os eventos eram mais dispersos e de difícil acesso (por conta da própria natureza dos esportes disputados lá), em Gangneung a maioria das competições ficou concentrada num belo parque olímpico. De quebra, estávamos hospedados a apenas um quilômetro desse parque olímpico, de tal forma que era fácil ir e voltar a pé. Perfeito para nós, que queríamos aproveitar a oportunidade de presenciar diferentes modalidades.
Hóquei no gelo. De todos os esportes que vimos, era o único que já tínhamos assistido a uma partida antes. Ainda assim, Olimpíada é Olimpíada, e hóquei no gelo é um esporte simplesmente impressionante. Afinal, pessoas normais como nós teriam dificuldade em fazer qualquer uma das seguintes coisas separadamente, que dirá ao mesmo tempo: patinar com desenvoltura, incluindo mudanças bruscas de velocidade e direção; tacar com precisão um disco a 150 km/h; defender esse mesmo disco; resistir a trombadas e empurrões violentos e levantar-se/recuperar-se deles rapidamente.
Patinação de velocidade. Aqui a história parece um pouco mais fácil, mas só parece, porque quando se tem noção da velocidade que os patinadores atingem, a coisa fica mesmo impressionante. Além disso, algo que descobrimos é que os coreanos têm verdadeira paixão por patins. Nas ruas e parques das duas Coreias vemos crianças e jovens patinando. E, durante as Olimpíadas, o que mais a televisão mostrava eram as competições de patinação, as quais, provavelmente não por acaso, também eram o ponto forte dos competidores coreanos.
Patinação artística. Se a patinação de velocidade parece um balé, com seus movimentos ritmados e precisos, a patinação artística é um primor de dança no mais alto nível. Para ela, vale algo parecido ao que escrevi sobre o hóquei: se para quem tem dois pés esquerdos, como eu, qualquer passo de dança já é um desafio, fazer movimentos coreografados em cima de patins, e em duplas, é incrível. E belo.
Curling. Ah, curling, o jogo da vassourinha! Não é que adoramos e nos divertimos muito? O jogo envolve estratégia e precisão e consegue se manter emocionante até o último ponto. Além disso, é curioso descobrir que o curling atrai não somente curiosos como nós, mas verdadeiros fãs que acompanham o esporte e assistem às partidas paramentados a caráter!