Qualquer viajante razoável terá visitado repúblicas: países como a
Argentina, os Estados Unidos,
França,
Itália ou
Portugal. Sem contar nosso próprio Brasil ou tantos outros lugares por esse planeta afora.
Muitos terão ido além e visitado algum reino. Como o
Reino Unido, claro, mas também a
Espanha ou o célebre Reino da Dinamarca, além de outras terras nórdicas. Para quem não está acostumado, a proximidade com reis e rainhas não deixa de ser curiosa.
Com sorte ou disposição, o viajante terá pisado num território governado por um príncipe - a começar pelo
Principado de Mônaco.
Assim, juntamente com cidades e países, vai-se colecionando formas de governo.
Pois bem, hoje é dia de falar de um lugar que tem um Grão-Duque como chefe de estado. Adivinharam? Trata-se de Luxemburgo.
Afinal, esse pequeno e belíssimo país espremido entre a Bélgica, a França e a Alemanha é um Grão-Ducado. Fotos e imagens alusivas ao grão-duque e à família real - ou seria (grã-)ducal? - são encontradas facilmente nas lojas da capital.
Sei muito pouco sobre o Grão-Duque, mas ele é certamente alguém de sorte, pois não apenas nasceu em berço de ouro, mas num país que é uma verdadeira joia europeia, cenário de contos-de-fadas. E poliglota, se contarmos que um lugar tão pequeno tem três línguas oficiais, incluindo a sua própria (luxemburguês) e que todos por lá também falam inglês.
Mas talvez o mais legal seja mesmo percorrer Luxemburgo em busca de seus castelos. Para início de conversa, como o país é pequeno, não é difícil ir de uma ponta à outra. Saímos da capital, que por si só já vale a visita, e percorremos uma sucessão de vales sinuosos, muito deles pontuados por rios estreitos. E, no alto das colinas, castelos típicos exatamente como imaginamos que devem ser: muralhas de pedra, cercados por fossos e com ponte levadiça, torreões e tudo o mais.
Começamos pelo castelo de Vianden, que corresponde bem à descrição que fazemos mentalmente. O castelo, por dentro e por fora, é lindo, e está repleto de histórias de reis, de grão-duques e de guerra (não esquecer que castelos tinham um fim bélico). Não somente de guerras medievais: o de Vianden chegou a desempenhar papel fundamental na Segunda Guerra, quando foi sitiado pelos nazistas na sua invasão de Luxemburgo.
Em Esch-sur-Sûre, o que chama a atenção é a minúscula cidade cortada por um rio. Dali, subindo uma ladeira não muito longa, chega-se às ruínas de outro castelo. Que se destaca sobretudo pela vista que oferece do vale, do rio e da própria cidade. Dê-lhe encher os olhos e os cartões de memória das câmeras com essa paisagem!
Descendo do castelo até o que parece ser o centro de Esch-sur-Sûre, encontramos um lugar para almoçar.
Seguindo caminho, mais além encontramos o castelo de Bourscheid. Nesse, os muros parecem ainda mais antigos que em Vianden (certamente, a sua última reforma é que é mais antiga).
Depois, o dia já está chegando ao fim, e voltamos à cidade de Luxemburgo, a capital. Onde, para não fugir à regra, não faltam castelos e construções fortificadas - e esses, em geral, conseguimos explorar a pé. Para citar um último, há o Forte Thüngen que, perfeitamente restaurado, guarda um museu de história que tem tudo a ver com o passeio.