domingo, 13 de novembro de 2011

Eu sempre amei Paris

E não sabia.
Ao contrário de outras pessoas, nunca tive Paris como sonho de consumo. Não era minha prioridade, a cidade que eu queria conhecer a todo custo. Antes sonhava com outros lugares no Brasil, na Europa e em terras exóticas.
Apesar disso, Paris me conquistou, em grande parte por ser quase exatamente como eu pensava ou, dizendo melhor, como eu fantasiava que fosse. Sim, porque, sendo uma das cidades mais presentes nos cenários de cinema e nas páginas dos livros, todos nós acabamos imaginando Paris de alguma maneira.
E calhou de eu imaginar uma Paris bem parecida com a que encontrei de verdade. Digo isso no sentido de que me surpreendi com a facilidade com que percorri suas ruas e com a facilidade com que me senti em casa, apesar de falar muito pouco francês. E a forma divertida com que encontrei, a cada esquina, exatamente o tipo de prédio que, com certa ingenuidade, esperava encontrar - milhões de livrarias, outros tantos de cafés e pequenos restaurantes. Verdade que também há as onipresentes lojas de quinquilharias e as multidões de turistas ávidos por elas, mas em compensação há ruas silenciosas, mercados com frutas na calçada e até lojas de artigos náuticos - França, Meca dos velejadores.
Lutécia, a cidade mais prodigiosa do mundo, como dizia Asterix. Isso inclui dizer que não é o lugar mais limpo nem o mais educado, mas deve ser, em compensação, um dos mais vivos. Gosto de imaginar os franceses um tanto cheios de orgulho pela sua língua, suas empresas, seus carros, seus esportistas e artistas. Soa meio preconceituoso da minha parte, talvez, mas sei que não posso generalizar essa imagem e, ainda que eu insista nela, reconhecer um orgulho desse tipo é motivo de sorriso e simpatia para um gaúcho como eu.
Tem mais. Paris tem as árvores coloridas de outono, as pontes para se caminhar de mãos dadas, a proposta que eu mal sabia para uma perfeita lua-de-mel. Mal sabia: imaginava, mas não acreditava.
E não importa se ainda falta muito da cidade para ver e viver ou se algo dela ficar para trás. Acontece que nós sempre teremos Paris.

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá Edu,
Eu sempre amei Paris, embora não conheça, ela ainda é meu sonho de consumo.
=)
Adorei o texto.
Beijos

Patrícia Soares

Armila disse...

Eduardo,eu sempre amei Paris.Quando criança assistia todos aqueles filmes americanos que mostravam aquela Paris maravilhosa e cheia de charme.A partir de então assisti todos os filmes e li tudo que se referia à cidade luz.Sonhei a vida inteira em caminhar por suas ruas e sentar naqueles cafés à beira do Sena.Quem sabe um dia...
Tua crônica é perfeita.Um abraço.

Marli Sassi

Anônimo disse...

viu, viu? te disse, te disse... hahaha =)

Mariana Gomes