Ah, Islândia! Chegamos já quase no final do dia - nessa época, às 18h já é noite escura. A temperatura até que estava agradável: 4 graus, acima da média e da minha expectativa.
Uma das primeiras coisas que chamam a atenção é a língua, um emaranhado de símbolos e de sons difícil de decifrar (e mesmo de pronunciar). A segunda coisa que chama a atenção é quando se abre uma torneira. Não a água fria, que dizem vir diretamente das geleiras e que é a mais pura da Europa, melhor que muita água mineral; deve até ser. Mas a água quente... Eles dizem que também é potável. Porém, vem diretamente do subsolo vulcânico da ilha, então é bem quente e - principalmente - tem um cheiro de enxofre que impregna todo o ambiente! A sensação de aspirar o ar enquanto se toma um banho de chuveiro é indescritível! Dizem que a gente se acostuma com algumas semanas, mas não teremos tanto tempo.
Uma das iguarias da Islândia é hverabrauð, uma espécie de bolo assado tipicamente em buracos na terra, aproveitando a energia geotérmica. Achamos um supermercado onde compramos coisas para o nosso jantar, incluindo uma bandeja de hverabrauð. O negócio vinha com instruções vagamente incompreensíveis para ser colocado no forno. Resolvi aquecer no microondas, o único forno disponível. Bem, o tal hverabrauð parece ser bem gostoso... quando assado. O que acabamos comendo estava cru! Mas pelo menos sei que preciso dar um jeito de manter os próximos em alguma condição que simule o calor do interior de um vulcão antes de comê-los.