domingo, 18 de abril de 2010

Conversa de aeroporto

Viagens, mesmo as mais singelas, rendem histórias. Crianças também. Imaginem agora juntar, na mesma cena, uma viagem e uma criança...
Eu estava no aeroporto, já no finger, ou seja, na ponte que leva até o avião. Prestes a embarcar, mais uma vez, para minha querência. Foi quando notei que, também prestes a embarcar, estavam uma mãe e sua filhinha. A guria não parava de correr para lá e para cá. Numa dessas, desvencilhou-se da mãe por uns instantes e veio para o meu lado. Olhamo-nos uns instantes, eu entretido e curioso, ela com olhos brilhantes e talvez mais curiosos ainda. Aproveitei e perguntei:
- Vais para Porto Alegre?
E ela:
- Não. - o que me intrigou, pois eu sabia qual era o destino do avião. Já imaginando alguma conexão incomum, voltei a perguntar:
- Ah, é? Vais para onde?
A menina:
- Para o avião, ora!
Óbvio, não é? Mesmo assim, não me dei por satisfeito:
- E o avião vai para onde?
- Para o céu, voando, não sabia? - respondeu a menina, enquanto voltava a correr para os braços da mãe e me deixava em suspenso, rindo e sorrindo sozinho.

3 comentários:

Alice disse...

Crianças são surpreendentes, sempre!

Beijos e obrigada pela visita e comentário.

Anônimo disse...

EXCELENTE o diálogo.....hehehehe
cara, tenho um blog que relata algumas dessas situações inusitadas...em filas...bares...e principalmente conversas de onibus...rende cada história!
abs

Débora Almeida disse...

Rá. Não imaginaria essas percepções em outros seres que não fossem as crianças!