Confesso que a Alemanha nunca foi meu sonho de viagem. Nada contra o país ou seus habitantes, mas os livros e as histórias que cresci ouvindo acabavam sempre me levando a outros lugares. Assim, quando finalmente visitei a Alemanha, foi sem grande ansiedade. E, de certa forma, pude aproveitá-la com um olhar neutro, relativamente isento de preconceitos.
Descobri que por lá, ligadas pelas incríveis auto-estradas alemãs, há uma série de cidades pequenas e adoráveis. Rothenburg ob der Tauber é uma delas. Trata-se de um daqueles lugares que inspiraram todo um imaginário composto de ruas sinuosas e antigas, serpenteando entre casas com estrutura de madeira e cercadas por um muro medieval. A cara da Alemanha clássica. O mérito de Rothenburg é ter se mantido da mesma forma que era há uns mil anos, o que, convenhamos, não é pouca coisa.
Rothenburg tem o charme das melhores cidades históricas. Tivemos o privilégio de conhecê-la da melhor forma, ficando hospedados numa pousada bastante agradável, jantando num restaurante charmoso (e que funciona juntamente com uma interessante loja de vinhos de fabricação própria), e passeando por ela de dia e de noite. Provamos por lá a schneeball, doce típico da região que, para falar a verdade, decepcionou-nos um pouco por ser mais seco do que parecia à primeira vista; ainda assim, valeu pela experiência. Percorremos a muralha do alto e depois visitamos o impressionante (e macabro) Medieval Crime and Justice Museum da cidade, pleno de instrumentos de tortura.
Mas o que chamou mesmo a atenção foi a beleza de Rothenburg. Assim sendo, é natural que as melhores lembranças estejam nas imagens do lugar. Aqui têm, então, algumas das fotos de lá.