Como assunto para histórias de viagens, as cataratas do Iguaçu são decepcionantes.
Antes que me atirem pedras, eu explico: histórias de viagens se sustentam com causos divertidos, pitorescos, engraçados. Com programas de índio. Com a pequena desgraça alheia ou, melhor ainda, com a pequena desgraça de quem conta o causo. E acontece que não vivi nada disso nas cataratas.
Lugares bonitos, em geral, não rendem boas histórias. Não se fisga leitores ou ouvintes com descrições da natureza ou da arquitetura. Menos mal, para a sobrevivência das cataratas nessas Cartas, que existem as fotos.
As cataratas do Iguaçu são esplêndidas! Não confiem somente em mim; vejam as fotos! Um lugar daqueles talhados à perfeição. Nem é preciso dizer muito. Acrescento apenas, quase à guisa de legenda, que não nos contentamos com vê-las de perto e do chão: fizemos um sobrevoo de helicóptero. Valem ainda mais a pena vistas do alto, e olhem que eu normalmente prefiro ter meus pés na terra (ou no mar).
De perto, molha-se mais do que eu pensava (saímos ensopados). Do alto, sacoleja-se um pouco, mas isso faz parte da emoção do passeio.
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No coração do planeta água. |
Histórias do passeio? Não muitas, confesso. Mas, para o bem do blogue, elas vieram no dia seguinte, fazendo de um roteiro quase prosaico um dos mais divertidos dos últimos tempos. Conto em breve!
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Uma visão quase geral das cataratas, entre Brasil e Argentina. |
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Garganta do diabo vista do alto! |
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Um dos muitos quatis que habitam o parque. |