Tanto em nossa primeira passagem pela Dinamarca quanto na última, ficamos hospedados em Copenhague, que é a porta de entrada natural do país. E nossa relação com a cidade, em ambos os casos, acabou sendo ambígua: não é que não tenhamos gostado de lá, mas também definitivamente não morremos de paixão por Copenhague.
O problema, na verdade, não é difícil de entender: usamos Copenhague como uma parada intermediária para visitar as Ilhas Faroe. E competir com esse arquipélago é simplesmente uma covardia. Perto de lá, Copenhague acaba sendo uma cidade grande demais, impessoal demais e com verde de menos. O que é uma pena pois, livre da comparação, ela certamente seria digna de nota.
A primeira coisa que chama a atenção, em Copenhague, é a quantidade de bicicletas. A forma como elas são disseminadas como meio de transporte, a quantidade de faixas para ciclistas e a educação destes (e dos motoristas de carros) chega a dar inveja. Depois descobrimos que, nesse sentido, Copenhague é o pináculo do que acontece na Dinamarca em geral: as pessoas usam bicicleta o tempo todo, e isso é fantástico.
Copenhague tem parques, mar, estrelas Michelin, um belo jardim botânico, um centro vibrante e até mesmo uma outra cidade dentro de si (Frederiksberg fica dentro de Copenhague assim como o Vaticano fica dentro de Roma). Mas onde nos divertimos mesmo foi no Tivoli! O Tivoli é um parque de diversões clássico, daqueles à moda antiga. Com roda-gigante, montanha-russa, carrossel, algodão-doce, sorvete e tudo o mais que não pode faltar. Consta que é o segundo parque de diversões mais antigo do mundo. A entrada é um tanto cara para quem pensa em reais, mas é o padrão escandinavo: pode não ser barato, mas é de primeiríssima qualidade. Passamos uma tarde lá e demos boas risadas - no meu caso, isso não é pouca coisa, dado que normalmente parques assim não me animam muito!
No final, a impressão que fica é a de uma cidade capaz de agradar a diferentes paladares - uma cidade múltipla como seus nomes: Copenhague para os brasileiros, mas Copenhaga para portugueses, Copenhagen para anglófonos e, esbanjando elegância, København para os próprios dinamarqueses.
Que texto delicioso! Amei!
ResponderExcluirE é super verdade: comparar qualquer cidade com as cidades das Ilhas Faroé é uma judiação. Tipo comparar jiló com Nutella.
{Nada contra jiló, mas Nutella é um manjar dos deuses!}
Eu também fiquei impressionada com a educação dos dinamarqueses no trânsito (de carro ou de bicicletas). Fica tão difícil voltar a dirigir no Brasil varonil depois de andar pela Dinamarca e pelas Ilhas Faroé :-(
Eu gosto muito de parques de diversão! Muito mesmo!!
Me acabei de rir no Tivoli - e o mais incrível é que os brinquedinhos mais infantis foram os que mais nos divertiram! E foi super incrível andar naquele balanço super alto. Estava com o ranço de não ter brincado no de Viena! Foi ótimo!!!
A Dinamarca é muito linda e as pessoas que tivemos a sorte de conhecer também são muito simpáticas!
Acho que Deus nos protege!